quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Os amanhãs de ontem...

No silêncio que incomoda,
na razão imensa e azeda,
apartamos mitos que nunca ouvimos...

No insustentável vazio,
na voz que fala bem alto,
engolimos canções que o vento entoa...

No canto lá longe,
na sede de vê-la passar,
somos passeio escuro na noite ausente...

Na chuva que queremos,
no sopro que esperamos,
elevamos olhar no encantamento...

Porque no vôo eterno,
na estrada sempre nossa,
não herdamos baús de memórias
vamos esvaziá-los agora,
e na tempestade que a árvore abriga,
queimamo-los com este momento!

...

3 comentários:

Anônimo disse...

Tá profundo e incomodativo...choca o real com pensamentos.Mas, aproxima-se da áurea vangloriosa que se formou em torno de ti.Fez cócegas no perfeito. :)

Anônimo disse...

João, que delícia ler aquilo que escreves.
Continua porque assim vale a pena perderes noites...

Anônimo disse...

insustentavel e a manha, o dia que começa
a noite brilha, luz q nos faz querer ter,
o q n ns pertence, o q dorme sem nos,
o q nos perde nos rasgos nocturnos.
somos borboletas nocturnas, morcegos libertinos!