segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Balcão urbano

Desarrumado como a tua cabeça
Roupa que desliza no chão
Cama imunda

Estás a afogar-te
Em cada copo que afundas
Lágrimas esgotadas
O fato está primeiro
Coração de lama
O perfume disfarça o cheiro

Espelho! És tu?
Não se nota a semelhança
Já te perturba a tua presença
Até onde a vista alcança
Não és tu! Aí é que está a diferença...

A água não lava saudades
O pente não proporciona regressos
Amores são o teu fumo
Dores a tua bebida
Já nem sabes o que são excessos

Quando se olha para ti
Não há tranquilidade...não há calma...
Impõe-se uma questão:
Quem disse que todo o ser tinha alma?
Quem disse que não se pode sobreviver sem coração?

Mas! É teu o mundo inteiro...
Bom negócio! E ainda te sobrou dinheiro...

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