quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Arcos de papel e flechas de tinta

As folhas secas me olham
E dizem: Se fosses meu
Fito-as muito abismado
Afinal eu sou passado
O medo já se venceu
de usar letras e línguas
e dizer onde não vivi
Agora olho para ti
respondo-te: ai que saudades
que memórias desse tempo
e a mais louca das verdades
é pensar que foi vivido
e sonhado ao mesmo tempo

Porque voltei?
pergunto-me sem nada ouvir
E na nossa miscelânea
julgo apenas caminhar
sobre o que estou a urdir
ouço o barulho dos grilos
corro! e num abraço
percebo que os que mais viajam
vagueiam por lá e dizem
é a primeira vez que aqui passo

Alimentam-se de Lua
Nova! mas tão crescida
e a força que a noite possua
deixa pavios acesos
e a vela derretida
...



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