Vi agora uma miragem
uma ilusão conhecida
faz tempo que a não via
alguém lhe chamou memória
e eu quase que ensandecia
Há muito foi mais que minha
ou há pouco não sei bem
pareceu-me que a conhecia
em tempos fui eu e ela
mas ainda assim não sorria
Reparo agora noutra cara
outra cor bem mais contente
era eu que a punha assim?
eu também era diferente
se calhar era ela a mim
Se correr foi solução
o meu padecer valeu
custou...conheci o chão
mas se serviu para a conhecer
não escureci em vão
Senti...se calhar fiz mal
devia ter só beijado
aquela aurora bem disposta
posso dizer que cresci
Não! idade não é resposta
Ó campos para onde caminho
fogosos delírios meus
acordai-me e dai-me esperança
e a luz e a vontade
de ser simples em criança
A ti...ficaste cá
mas ainda não percebo
se a visão que tenho é má
porque não estou a sonhar
em vez de sentir o que escrevo
...
quinta-feira, 20 de março de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
Cheguei tarde?
Pura ou não...abraças-me
E hoje quando pensei
percebi que para mim és
algo que desconheces
no momento em que te olhei
...Não chega
Mas o cristalino pedaço do gesto
fez-me entrar na tua mansão
de luz ténue hipnotizante
desassossegada toda ela
mas muito, muito flutuante
...depois voei
O que a teu lado são letras
canções perdidas e pretas
de tanto arder na voz rouca
Se em mim vêem desvario
tu não és menos que louca
...mas foges
E não descanso na estrada
o hábito com que passo frio
na embriaguez vã que não bebo
da tua demência me rio
Sou doente...agora eu percebo
...e a cura
Não cabe já na bagagem
a solução da insanidade
partilhamos o tecto de breu
e na impensável viagem
mergulhas tu primeiro, ou eu?
...
E hoje quando pensei
percebi que para mim és
algo que desconheces
no momento em que te olhei
...Não chega
Mas o cristalino pedaço do gesto
fez-me entrar na tua mansão
de luz ténue hipnotizante
desassossegada toda ela
mas muito, muito flutuante
...depois voei
O que a teu lado são letras
canções perdidas e pretas
de tanto arder na voz rouca
Se em mim vêem desvario
tu não és menos que louca
...mas foges
E não descanso na estrada
o hábito com que passo frio
na embriaguez vã que não bebo
da tua demência me rio
Sou doente...agora eu percebo
...e a cura
Não cabe já na bagagem
a solução da insanidade
partilhamos o tecto de breu
e na impensável viagem
mergulhas tu primeiro, ou eu?
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